Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas (estimativa) com mais de 10 massas solares, que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Em apenas alguns dias o seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, sua temperatura e brilho diminuem até chegarem a um grau inferior aos primeiros.
A explosão de uma supernova pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. O núcleo remanescente tem massa superior a 1,5 Massas solares, a Pressão de Degenerescência dos elétrons não é mais suficiente para manter o núcleo estável; então os elétrons colapsam com o núcleo, chocando-se com os prótons, originando nêutrons: o resultado é uma estrela composta de nêutrons, com aproximadamente 15 km de diametro e extremamente densa, conhecida como estrela de nêutrons ou Pulsar. Mas, quando a massa desse núcleo ultrapassa 3 massas solares, nem mesmo a Pressão de Degenerescência dos neutrons consegue manter o núcleo; então a estrela continua a se colapsar, dando origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida como Buraco Negro, cuja Velocidade de Escape é um pouco maior do que a velocidade da luz.
Ocorrência e catalogação
Por ser um fenômeno
relativamente raro em uma galáxia, as supernovas são catalogadas,
segundo o ano e a ordem da ocorrência, às vezes imediatamente "quando a
lâmina de luz chega à Terra" como foi o caso da supernova de fevereiro de 1987,
inicialmente denominada SN 1987. Se descobrissem outra (em
arquivos fotográficos), adquire o nome de Sn 1987 B. Como, até agora, em nenhuma
chapa fotográfica fez-se registro de igual ocorrência naquele ano, quer nessa
ou em outra galáxia, ficou dispensada a letra A. De modo que, em nossa própria galáxia, só foram observadas, até agora, apenas 3 supernovas:
em 1054, 1572, 1604, as quais, devido à data, não foram bem estudadas. E, além
destas três, parecem ter sido cerca de 11 as supernovas que explodiram na Via Láctea nos últimos 20.000 anos, sempre em locais
inobserváveis devido à poeira interestelar.
A supernova SN 1987A, ocorrida na galáxia satélite da Via Láctea chamada Grande Nuvem de Magalhães,
foi a explosão estelar recente mais próxima da Terra,
tendo sido observada com equipamentos de duas gerações ou seja os telescópios
terrestres e os espaciais.
Diante desses números e o
observado em todo o universo, calcula-se que ocorram, em média, 3 supernovas
por milênio, em cada lado de galáxia (só vemos um lado) que tenha
200.000.000.000 de estrelas. Comparando com o número de estrelas que formam uma
galáxia, os cosmólogos podem estimar alguns valores, como a idade das galáxias
ou, se quiserem, a idade do universo observável.
Compare-se esse número com a média de 30.000 novas
comuns no mesmo período. Ou seja, para cada 10.000 novas,
há uma supernova.
Partindo do pressuposto que
ocorram 3 supernovas por milênio em nossa galaxia e, considerando que a idade
da Via Láctea seja de 15 a 20 bilhões de anos, matematicamente
podem ter ocorrido cerca de 45 a 60 milhões de explosões de supernovas em nossa
própria galáxia.
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